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A mostrar mensagens de dezembro, 2013
Existem pessoas que, no geral, têm uma vida boa. Existem outras que têm uma vida mais ou menos, às vezes mais para o menos do que para o mais. Já para não falar daquelas que são recheadas de situações lamentáveis. É isso, principalmente, que despoleta a ansiedade. A dúvida, a inquietação. Às vezes até pode parecer que está tudo bem, mas não está. Por isso é que estas coisas surgem quase sem aviso prévio. Ontem estávamos a divertir-nos que nem uns loucos. Hoje é uma loucura fazermos planos que impliquem afastar-nos muito de casa...ou, simplesmente, combinarmos algo com alguém sem pensarmos automaticamente "e se eu me sentir mal"?  E a verdade é que nos sentimos mal. Não é imaginação nossa. A causa é bem real, não precisa de ser física para o ser. Ontem eu estava num momento supostamente zen. Estava no cabeleireiro enquanto me arranjavam as unhas. Começo a sentir uma pressão na cabeça. Calma, pensei eu. Calma o caraças, o cérebro tratou logo de começar a ruminar os neuro

Bom dia, ansiedade.

Ontem demorei a adormecer e hoje acordei bastante cedo e algo nervosa. Tive um pesadelo que me fez  despertar com o coração descompassado e com uma dorzinha irritante no lado direito da cabeça. Agora estou com náuseas. E pensar que daqui a uma hora tenho que sair. O medo de estar na rua. Quem tem síndrome do pânico pode ter uma crise em qualquer lado, mas a maioria das pessoas sente-se mais segura (mais confortável?) em casa, o que leva a que os sintomas ocorram em menor intensidade. Na rua tudo fica mais perigoso. Uma dorzinha transforma-se num avc ou num enfarte. Apesar de sermos saudáveis, apesar de termos uma tensão arterial normal ou até baixa. Naquele momento, algo de terrível vai acontecer, de certeza. Já não saio à noite há uns dois meses. Nem um simples jantar com amigos. Tenho medo de estar longe de casa e ter uma crise. Começa aquela dor de cabeça, começa a tontura, começa a sensação de desmaio e tenho de fugir. É impressionante, mas às vezes basta entrar no comb

Ansiedade e pânico

Quem vive com a ansiedade e com ataques de pânico entenderá tudo aquilo sobre o qual irei falar. Já sofro deste problema há cerca de 10 anos. Houve fases em que não tive qualquer crise, embora o gatilho da ansiedade estivesse sempre presente. Durante um período de tempo manifestei alguns medos, tais como andar de elevador, andar de escadas rolantes (estranho, eu sei) e andar de transportes (comboio, principalmente). Felizmente, tão depressa como surgiram, os mesmos desapareceram. Quando digo depressa, falo de mais ou menos uns seis meses. Como podem imaginar, isto limitou imenso a minha vida.  A fase aguda deste transtorno sempre coincidiu com situações mais delicadas na minha vida. A instabilidade emocional é, sem dúvida, determinante para a saúde mental. Durante os últimos dois anos, fiz a minha vida sem qualquer problema. Andar de transportes, sair à noite, ir a concertos, fazer desporto, tudo sem qualquer entrave. Reconheci sempre em mim aquela inquietação, mas contornava-a se